Gabriela Valente
S.MAG: Criança pode fazer terapia?
Sim, quando existe indicação, a criança pode sim fazer terapia. O Psicólogo Infantil é o profissional indicado e preparado para, através da ludicidade, mediar este processo. Devido as etapas do desenvolvimento infantil ainda em curso, é comum que as crianças precisem de suporte para nomear os seus sentimentos, mediar comportamentos e/ou compreender determinados contextos, desta forma, entende-se que elas brincam melhor as suas emoções do que falam sobre o assunto. O Psicólogo infantil tem a expertise em identificar as entrelinhas do comportamento da criança, mediando com responsividade o que for percebido como necessário, sendo interlocutor dos sentimentos e comportamentos identificados na clínica infantil, proporcionando uma conexão da criança com as suas próprias emoções, comportamentos e contexto familiar.
Gabriela Valente | CRP 15/2955
82 98883.0830
Karllene Farias
S.MAG: Quando uma criança está em tratamento, os pais também devem ter atendimento psicológico?
De certa forma os pais também são acompanhados através da anamnese, orientação e treinamento de pais. Atender uma criança é também atender sua família. Entretanto em alguns casos é necessário encaminhá-los para um acompanhamento individual sempre com outro profissional. Infelizmente, apesar de muitas mudanças culturais, uma sobrecarga desproporcional ainda é atribuída às mães e muitas vezes a psicoterapia individual torna-se uma aliada importante para lidar com o acúmulo de papéis.
Karllene Farias | CRP 15/2837
82 99326.0301
Thássia Leão
S.MAG: Com a pandemia, os casos de crianças e adolescentes nos consultórios teve um aumento?
Sim. Os medos, as incertezas e as perdas decorrentes da pandemia trouxeram um aumento considerável do adoecimento mental nesse público, principalmente os casos de ansiedade e depressão. Em paralelo a isso, o isolamento durante tantos meses trouxe muitos prejuízos, tanto cognitivos, como emocionais, pois o convívio social é fundamental nessa etapa do desenvolvimento.
Thássia Leão | CRP 15/2950
82 99680.4023
Fabiana Lisboa
S.MAG: Quais são as principais queixas que levam a criança a necessitar de atendimento psicológico?
Quando você sentir que seu filho está passando por “alguma dificuldade” que nem ele e nem você, tem conseguido lidar ou entender tais questões, já é um motivo para procurar terapia. Das queixas mais comuns que indicam a necessidade de terapia são: choro excessivo, Irritabilidade, timidez ou dificuldade de socialização, agressividade, medos incontroláveis, ciúmes após chegada do irmão, birras, enurese e encoprese, dificuldades escolares, demora a falar ou andar (atraso no desenvolvimento), separação dos pais, perda ou luto, presença de transtornos do neurodesenvolvimento, ou seja, mudanças no comportamento ou desenvolvimento geral da criança ou adolescente.
Fabiana Lisboa | CRP15/3115
82 98821.6324
Ana Carla Gameleira
S.MAG: É importante cuidar da saúde mental da criança e do adolescente de forma preventiva?
Muito importante! Costumo dizer que atuar nessa fase é trabalhar o adulto do futuro. Promover futuros adultos mais saudáveis, contribuindo para uma sociedade mais assertiva e habilidosa socialmente. É um investimento não apenas no presente, mas também no futuro. Nem sempre é preciso esperar um problema acontecer para buscar a psicoterapia, mas também de forma preventiva pode trazer muitos benefícios relacionados ao autoconhecimento e melhor relacionamento com os demais, estimulando habilidades para a vida como empatia, expressão assertiva das emoções, tomada de decisão, segurança, entre outros.
Ana Carla Gameleira | CRP 15/3525
82 3223.2073 | 98819.0808
Karla Cândido
S.MAG: Como identificar que uma criança precisa de acompanhamento psicológico?
O cuidado com o estado emocional da criança é de grande importância para que ela possa desenvolver-se plenamente, sem prejuízos em todas as fases do desenvolvimento. Para isso, é preciso observar e reconhecer quando a criança está em sofrimento mental. Alguns sinais de que a criança necessita de avaliação/acompanhamento psicológico: mudança repentina no comportamento; dificuldade de interagir socialmente; agitação psicomotora; atraso no desenvolvimento; dificuldade de aprendizagem; medos excessivos/fobias; alteração do humor; distúrbios do sono; distúrbios alimentares dentre outros. Nesses e em outros casos o Psicólogo infantil se torna imprescindível para que a criança seja capaz de organizar e expressar seus sentimentos.
Karla Cândido | CRP 15/2655
82 98133.5800
Ana Raphaela Novaes
S.MAG: De que forma as famílias podem contribuir para a saúde mental de suas crianças e adolescentes?
Cuidando da sua própria saúde mental e buscando informações importantes sobre o desenvolvimento infantil. A criança aprende muito com o ambiente em que vive, aprende sobre quem ela é, sobre relacionamentos, sobre o mundo à sua volta! É importante que os pais estabeleçam uma relação de respeito, afeto e limites seguros com seus filhos!
Ana Raphaela Novaes | CRP 15/4270
82 99920.2828
Lívia Rocha
S.MAG: Quais os benefícios que uma criança pode ter ao cuidar da saúde mental?
Cuidar da saúde mental desde a infância é importante para minimizar os prejuízos na funcionalidade ao longo da vida. São vários os transtornos que têm origem na infância e que podem causar prejuízos em longo prazo. A psicoeducação e a intervenção precoce são nossas maiores aliadas na construção de uma saúde emocional e no auxílio a uma melhor funcionalidade da criança, podendo, também, auxiliar na prevenção de possíveis transtornos.
Lívia Rocha Torreiro | CRP 15/2806
82 99654.2524
Bárbara Porto
S.MAG: Uma criança com traumas e sem um tratamento adequado pode ser um adulto traumatizado?
Estudos revelam que crianças traumatizadas, seja por maus-tratos, abuso físico ou emocional, situações de vergonha, culpa ou medo, violência doméstica e negligência parental, as consequências são neurobiológicas. Os maus- tratos na infância provocam alterações nas funções psicológicas e físicas na vida adulta. Podem surgir transtornos psiquiátricos e quanto maior o trauma na infância, mais alterações psicológicas como depressão, ansiedade drogadição, transtornos alimentares, ideação suicida, obesidade, transtornos de personalidade e diminuição das funções cognitivas. Uma criança sem um acompanhamento adequado pode ser um adulto traumatizado.
Bárbara Porto | CRP 15/2802
82 99311.4609