Você já pensou que a célula fundamental para dar início à vida segue o processo natural de envelhecimento ao longo da vida da mulher? Hoje com os avanços das técnicas de Reprodução Humana é possível adiar a gestação com mais segurança por meio da preservação da fertilidade, seja por motivos pessoais, profissionais ou de saúde. Para falar mais sobre esse tema, a Dra. Juliana Cotrim, médica e especialista em Fertilidade e Reprodução Assistida esclarece sobre os benefícios na tomada dessa importante decisão em alguma fase da vida da mulher.
S.MAG: Dra. Juliana, a quem está indicado o congelamento de óvulos?
Dizemos que as indicações podem ser não médicas e médicas. Dentre as não médicas incluímos mulheres que possuem uma rotina intensa e não desejam engravidar no momento, mas querem ter sua autonomia e preservar a qualidade dos seus óvulos; enquanto as razões médicas destacam-se, por exemplo, mulheres com câncer que serão submetidas a tratamentos de quimioterapia ou radioterapia e que o tratamento pode reduzir a reserva de óvulos existente. Quanto à idade, preferencialmente deve ser realizado antes dos 35 anos, quando sua qualidade do óvulo é melhor e, com maiores chances de uma gestação segura.
S.MAG: Os óvulos congelados têm validade?
A medicina ainda não definiu um limite de tempo máximo para a utilização dos óvulos. O mais importante não é o tempo de congelamento e sim a técnica utilizada. Na prática, em geral, os óvulos têm ficado congelados por até 10 anos.
S.MAG: Como funciona o processo de congelamento?
Após a consulta com um especialista para que todo o histórico da paciente seja estudado, inicia-se a jornada. A mulher é orientada ao melhor e mais eficaz tratamento no sentido de se pensar em uma reprodução assistida no futuro. Os óvulos maduros obtidos serão congelados com a técnica de vitrificação e armazenados a -196°C. Quando ela decide engravidar os óvulos são descongelados, fertilizados em laboratório, e os embriões formados transferidos para o útero.
S.MAG: Esse tratamento garante uma gravidez no futuro?
Não. Apesar de o congelamento de óvulos não ser uma garantia de gravidez no futuro (a taxa de sobrevivência ao descongelamento pode variar de 85% a 95%), pode ser uma estratégia inteligente para que um número cada vez maior de mulheres que queiram engravidar no futuro tenham essa oportunidade em um momento que talvez não fosse mais possível. O importante é pensar no sonho de ser mãe, gerar uma vida. Essa decisão pode começar hoje.
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JULIANA COTRIM
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