Transtorno do Espectro Autista ou, simplesmente, TEA. O distúrbio do neurodesenvolvimento que é normalmente caracterizado pelo desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais incomuns, déficits na comunicação, na interação social e gestos repetitivos, estão sendo cada vez mais comuns nos dias atuais.
No Brasil, estima-se que pelo menos 1% da população esteja no espectro, alguns com diagnóstico precoce e alterações significativas no seu desenvolvimento neurológico, outros com diagnósticos tardios, mas com indicações leves.
Ainda que esteja se tornando cada vez mais comum o registro de pessoas diagnosticadas com TEA, as questões que envolvem essa atipicidade ainda são muitas, por isso, o neuropediatra Flávio Santana respondeu algumas dúvidas e indicou como reconhecer os sinais para uma identificação precoce do Autismo.
Qual a importância de falar sobre autismo?
É muito importante falar sobre autismo devido ao grande aumento no número de diagnósticos de crianças com o transtorno. Dados atuais de 2023 revelam que 1 a cada 36 crianças tem autismo.
Quais as causas do autismo?
Sabemos que o autismo tem uma base genética muito importante e que pode haver algumas influências ambientais ainda não totalmente definidas. Mas existem alguns fatores de risco que aumentam ainda mais as chances como, por exemplo, a idade dos pais acima de 34 anos, prematuridade e uso de alguns medicamentos durante a gestação, como o ácido valpróico.
Como podemos identificar mais precocemente o autismo?
Alguns sinais precoces levam a suspeita e a indicação para procurar um especialista, que seria o neuropediatra ou psiquiatra infantil, para uma avaliação. Para que pais e mães possam ficar atentos aos primeiros sinais, seguem algumas referências:
Até os 12 meses – ausência de reação ao chamado pelo primeiro nome;
Até os 15 meses – ausência de balbuciar ou apontar
Até os 16 meses – ausência de palavras
Até os 24 meses – ausência de associação de palavras
Em qualquer idade, alguns sinais são muito sugestivos:
– Ausência de reação ao chamado pelo primeiro nome;
– Uso instrumental do adulto, para obter o que deseja (a criança não sabe apontar e não fala, mas leva o adulto pela mão ate o que deseja);
– Regressão da linguagem ou habilidades sociais – cerca de 1/3 apresentam (idade media em torno de 18 meses);
– Dissociação entre o desenvolvimento da fala e o da leitura.
Independentemente de qualquer coisa, é importante manter o acompanhamento médico na rotina da criança desde o seu nascimento e a qualquer sinal ou suspeita de atrasos no neurodesenvolvimento. A recomendação sempre será a de procurar um especialista.
FLAVIO SANTANA (CRM/AL 4428)
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Por Aline Saphier