O período de férias escolares se aproxima e o momento é oportuno para viajar com a família, e claro, os bichinhos de estimação podem e devem participar dos programas. As leis para condução de animais em carros, no entanto, têm regras específicas e, além disso, os tutores precisam saber lidar com o estresse e a agitação dos bichinhos nesses momentos que fogem da rotina. Para quem pretende viajar de avião, a logística é um pouquinho mais complicada e a programação deve ser feita com bastante antecedência. O veterinário Jorge Morais, fundador da rede Animal Place, dá dicas que podem ajudar a manter a tranquilidade dos animais e dos donos no período, um dos mais esperados do ano.
No carro
Apesar de não ser obrigatório o uso da caixa transportadora dentro dos veículos de passeio, essa é a melhor opção para os gatos que costumam ficar agitados nesses momentos atípicos. “Deixe a caixa transportadora aberta pelo menos um dia antes em um local onde o gato possa entrar e se acostumar com aquele ambiente. Isso faz com que ele perca o medo e não se recuse a entrar nela antes da viagem”, comenta o veterinário. Outra dica é prender a caixa com o cinto de segurança, para evitar que o animal se machuque com o movimento do carro. Para quem tem cachorro a recomendação é manter o animal preso, de forma que ele não possa distrair o dono e tenha sua movimentação reduzida. “O correto é prender o cão com o auxílio de uma guia no cinto de segurança, impedindo-o de conseguir pular para os bancos da frente ou atrapalhar o motorista de alguma forma”, explica Dr. Jorge. Uma alternativa são as cadeirinhas para cachorros, aconselhadas para os cães de pequeno porte e que garantem mais segurança para motorista. Recomenda-se ainda a baixa ingestão de líquidos pelos animais, para evitar vômitos.
Em aeronaves
Quem pretende viajar de avião com um bichinho de estimação, por sua vez, precisa se programar com pelo menos 3 meses de antecedência. “Os trâmites variam de acordo com o destino da família e cia aérea, principalmente para voos internacionais”, alerta o especialista. No geral, é necessário o uso de caixas de transporte e microchips de identificação, porém ambos precisam atender às exigências do país de destino. “Também é fundamental estar com a vacinação em dia, e, em alguns casos, a imigração ainda pede exames que comprovem que o animal não está contaminado por raiva ou outras doenças. O ideal é se informar diretamente com a cia aérea”, afirma Morais.
Filhotes e idosos
Independente do meio de transporte, filhotes que ainda não tomaram todas as doses das vacinas não podem viajar e com os animais idosos é preciso ter uma atenção especial. O ideal é fazer uma visita ao veterinário e pedir exames que atestem a saúde do bichinho. “Pets muito idosos ou com problemas cardiorrespiratórios não devem ir, a não ser que não seja possível evitar a viagem” finaliza o veterinário.