A estação mais fria do ano se aproxima e, com ela, alguns cuidados precisam ser tomados, a fim de garantir a saúde e o bem-estar do seu cão. Se nós passamos a sentir mais frio e aumenta nossa necessidade de roupas, cobertas e alimentos quentes, por exemplo, o mesmo acontece com nossos amigos peludos. Embora algumas raças estejam mais preparadas para o frio, até mesmo em virtude de sua pelagem, como o São Bernardo e o Husky Siberiano, alguns pontos merecem atenção.
1- Alimentação
Com a chegada do frio, é normal que alguns cães tenham mais vontade de ficar na cama ou, pelo menos, fiquem menos ativos. Por isso, é preciso ficar de olho se estão se alimentando corretamente, na quantidade necessária. Como o corpo gasta mais energia para se manter aquecido, em alguns casos, é preciso aumentar as porções de alimento oferecidas, o que não é válido para cães acima do peso, que precisam de um controle maior. Caso ofereça comidas úmidas, elas precisam estar em temperatura ambiente, nunca diretamente da geladeira. Beber água é também muito importante, sendo preciso manter-se atento quanto a isso.
2 – Banho e tosa
Se o cão tem uma frequência de banho semanal, no frio é preciso espaçar um pouco mais essa higienização. O ideal é que ele tome banho a cada 15 dias e que a água não seja nem fria, nem muito quente. É preciso secá-lo bem e não sair para passear por alguns instantes, a fim de evitar um possível choque de temperatura. Quanto à tosa, evite que seja feita muito baixa, pois o pelo é a proteção natural do cão para enfrentar os dias mais frios.
3- Roupinhas e cobertas
Alguns cães são mais suscetíveis ao frio, principalmente os de pelo baixo. Por isso, o uso de roupinhas é fundamental para mantê-los aquecidos. Algumas raças, de pele mais sensível, podem apresentar alergia a lã ou tecidos sintéticos, mas é preciso testar e avaliar qual tecido ele se sinta mais confortável. Cobertas são também muito importantes, sobretudo se o cão fica em uma área menos aquecida da casa.
4- Vacinação em dia
Principalmente na época do frio, em que algumas doenças como a tosse dos canis (traqueobronquite) acometem os cães com mais frequência, é preciso ficar de olho na carteira de vacinação. Sempre é tempo de mantê-la atualizada, mas como nós, tutores, os bichinhos tendem a contrair mais resfriados. Em alguns casos, se não tratados, esses resfriados podem evoluir para pneumonias, portanto, toda atenção é necessária. Manter a visita frequente ao veterinário pode também contribuir com a prevenção.
5- Atenção à hipotermia
Alguns cães sentem o frio com muito mais intensidade, portanto, é imprescindível observar o comportamento. Caso ele fique agitado, com tremores ou dificuldade de se movimentar, aqueça-o imediatamente, pois pode ser que esteja com um princípio de hipotermia. Se em alguns minutos não passar, é preciso procurar o auxílio de um veterinário.
6 – Passeios e atividades físicas
Mesmo que o cão fique um pouco mais preguiçoso nessa época, é preciso estimulá-lo com passeios e atividades ao ar livre para evitar o sedentarismo. O ideal é escolher um dia que não esteja chovendo e um horário em que o sol esteja um pouco mais quente, próximo ao meio dia.
7 – Atenção às patas
É comum que no frio, devido ao contato constante com o chão gelado, as patas do seu cão fiquem mais ressecadas e, por vezes, até sangrem. Se achar necessário, proteja e mantenha-as limpas, principalmente após os passeios.
As medidas para manter a saúde e o bem-estar do seu cão são simples e muito parecidas com as que adotamos para nós mesmos. Quando optamos por ter um animalzinho é preciso ter consciência que necessitam de cuidados e principalmente, nossa atenção.
* René Rodrigues Júnior é médico veterinário da Magnus, fabricante de alimentos para cães e gatos